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Projeto de Extensão: IDosos

Publicado: Terça, 11 de Novembro de 2025, 19h51 | Última atualização em Terça, 11 de Novembro de 2025, 19h54 | Acessos: 25

Título do Projeto: IDosos: Identidade Digital

Coordenadora: Profª. Dra. Suzane Cruz de Aquino Monteiro (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

Período do Projeto: 01/10/2024 a 31/12/2026

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 

  • Saúde e Bem-Estar;
  • Redução das Desigualdades,

Resumo:  Com o avanço da tecnologia aplicada na melhoria da saúde e qualidade de vida das pessoas, tem-se aumentado a perspectiva de vida da população. Segundo o IBGE, em 2039 haverá mais idosos do que crianças e em 2060, um em cada quatro pessoas, terá mais que 65 anos. Por outro lado, o idoso vivencia uma exclusão e desvalorização progressiva na sociedade atual. Com base nesses dados, é explícita a necessidade de estudos focalizados no envelhecimento saudável, combatendo, principalmente, as doenças que afligem a mente e psique dos idosos. Surge, então, o seguinte questionamento: como a tecnologia da informação pode contribuir para a saúde mental de idosos? Este projeto visa aplicar soluções tecnológicas dos smartphones e redes sociais como ferramenta para a estimular a manutenção da cognição (linguagem, percepção, memória, raciocínio) em pessoas da melhor idade como ferramenta contra os principais males desta faixa etária, como o transtornos depressivos, de ansiedade e, possivelmente, o Alzheimer. 

Palavras-Chave: Inclusão Digital, Sistemas de Informação, Educação Inclusiva.

Justificativa: 

A tecnologia está cada dia mais integrada no funcionamento da nossa sociedade. De saúde à locomoção, o uso da internet e de ferramentas tecnológicas traz conforto, eficiência e comodidade a todos os consumidores e este  avanço tecnológico trouxe uma mudança que não tem mais volta, criando novos postos de emprego e atualizando todos os pré-existentes. Desta forma, é fundamental investir em capacitação nos principais meios e ferramentas tecnológicas para poder acompanhar essa tendência mundial. No contexto regional amazônico é notável a dificuldade de acesso à informação por inúmeros fatores, principalmente, por parte da população de baixa renda, com baixo nível de escolaridade, moradores de áreas rurais, pessoas com deficiência, populações indígenas e idosos (BARBOSA, C. S.; PIRES, R. L, 2020). Estes últimos são quase sempre esquecidos e isso é cultural corrente.

O isolamento do idoso na sociedade atual é uma realidade cada vez mais evidente, impulsionada por mudanças no estilo de vida, na estrutura familiar e pela rápida evolução tecnológica. Muitos idosos enfrentam o distanciamento das redes sociais e familiares à medida que suas rotinas se tornam mais solitárias, seja pela perda de amigos e parceiros, ou pela mudança de seus filhos para outras cidades ou países (OLIVEIRA, A. S, 2019). Além disso, a digitalização das comunicações e serviços acentua essa exclusão, já qu  muitos não têm familiaridade com a tecnologia, o que os afasta ainda mais de interações sociais e de atividades cotidianas. Esse isolamento pode ter graves consequências para sua saúde mental e física, exacerbando sentimentos de solidão, depressão e até contribuindo para o declínio cognitivo, tornando urgente a necessidad  de promover iniciativas que incluam os idosos de forma mais ativa na sociedade. Dessa forma, ensinar os idosos a usar um smartphone vai além de apenas capacitá-los para o uso da tecnologia moderna; trata-se de promov   inclusão social, autonomia e qualidade de vida.

Em um mundo cada vez mais digital, o smartphone é uma ferramenta que conecta as pessoas ao acesso à informação, comunicação e serviços essenciais (OLIVEIRA, W. I. F, 2022). Ao aprenderem a utilizar essa tecnologia, os idosos podem manter contato frequente com amigos e familiares, participar de grupos sociais online e acessar informações importantes sobre saúde, direitos e benefícios. Isso não só ajuda a reduzir a sensação de isolamento, que muitas vezes afeta os idosos, mas também aumenta sua participação ativa na sociedade, contribuindo para o seu bem-estar mental e emocional.

Além disso, o uso do smartphone permite que os idosos se adaptem às transformações culturais e tecnológicas que fazem parte do cotidiano atual. Ele facilita o acesso a serviços de saúde, como consultas online, permite a gestão de finanças pessoais através de aplicativos bancários e proporciona uma nova forma de entretenimento, como vídeos e livros digitais. Ao adquirir essas novas habilidades, os idosos ganham autonomia, sentem-se mais conectados ao mundo moderno e exercem seus direitos de forma plena, participando da vida social e aproveitando as oportunidades que a tecnologia oferece para melhorar sua qualidade de vida. 

Metodologia: 

A primeira etapa será o Levantamento Bibliográfico para embasar as ações e desenvolvimento do material didático utilizado. Também se fará o levantamento das tecnologias mais importantes para os níveis dos participantes, dentre básico e intermediário. Também será pesquisada todas as ações e projetos desenvolvidos no âmbito amazônico, visando a identificação antecipada dos possíveis gargalos e como saná-los no material de
apoio dos discentes que irão ministrar as oficinas e cursos. Autoria própria Nessa etapa também serão selecionados os discentes dos cursos de Licenciatura em Computação

A segunda etapa é a Seleção e Mobilização dos Participantes, identificando e selecionando os idosos interessados em participar do projeto, priorizando aqueles que apresentam maiores dificuldades de acesso e uso de tecnologias. A mobilização pode ser feita por meio de parcerias com centros d  convivência, associações de bairro, igrejas, grupos de apoio a idosos, e divulgação em redes sociais (a fim de atingir os familiares). Com o público alvo selecionado, segue-se à realização de um diagnóstico inicial com cada participante para avaliar o nível de familiaridade com as tecnologias digitais, como smartphones e computadores. Isso permitirá personalizar as atividades conforme o conhecimento e as necessidades de cada idoso. Esse diagnóstico pode ser feito através de uma breve entrevista e exercícios práticos para entender suas dificuldades para assim se dividir em Turmas e Níveis de Conhecimento. Organizar os participantes em pequenos grupos com base no diagnóstico inicial e os dividir por níveis de conhecimento (iniciante, intermediário) será crucial para que o ensino seja mais eficiente e adaptado às suas necessidades.

E, assim, seguindo para o Desenvolvimento de Materiais de Apoio Simples e Visuais, com manuais e guias práticos que incluam muitas imagens e explicações passo a passo, para que os idosos possam rever os conteúdos em casa e praticar. Esses materiais devem ser fáceis de entender e acessíveis para diferentes níveis de alfabetização. Seguindo-se à Aulas Práticas, através de um cronograma de atividades focado no uso de smartphones e suas principais funções, como enviar mensagens, fazer chamadas de vídeo, navegar na internet, utilizar aplicativos de mensagens e redes sociais (como WhatsApp e Facebook), e acessar serviços online, como bancos e agendamentos de consultas, ou até mesmo como configurar o volume, acessar ao Wifi, dentre outros.

Todas as aulas devem ser didáticas e interativas, com a presença de facilitadores que acompanhem cada idoso individualmente, reforçando o aprendizado. Além disso, é fundamental respeitar o ritmo de cada participante, permitindo que eles avancem conforme sua capacidade de assimilação. Inclusive, com a utilização de métodos interativos, como jogos educativos que envolvam o uso de smartphones e internet, promovendo um aprendizado mais descontraído e eficaz. Por exemplo, jogos de memória, tutoriais interativos e desafios em grupos para usar certas funções do smartphone. Durante os cursos será estimulado o Acompanhamento e Suporte Contínuo dos participantes através de um canal de suporte contínuo para que os idosos possam tirar dúvidas após as aulas em grupos de mensagens ou visitas presenciais in loco na UFRA Capitão Poço, via agendamento eletrônico. Isso garante que o aprendizado não se perca e os idosos possam continuar a praticar.

No final de cada etapa do projeto, os discentes organizarão formulários online e/ou impressos para Avaliação e Feedback dos idosos, sempre realizando avaliações informais para verificar o progresso dos alunos e coletar feedback sobre a eficácia das aulas e o material de apoio. Isso permitirá ajustar o método conforme necessário e garantir que o máximo de participantes sejam alcançados pelo conteúdo. A cada final de turma, que durará de 3 meses, haverá uma atividade social que envolva um projeto pessoal para cada idoso e apresentação para os seus familiares, um  workshop intitulado "Feira da Cultura", onde será sugerido que todos os participantes compartilhem algum conhecimento da sua geração por meio digital e explicado aos visitantes, visando a integração familiar, o Resgate e Valorização da Sabedoria e Cultura dos Idosos. 

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